Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…



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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Quando foi que eu deixei de te amar?!

Se pararmos para olhar a nossa vida desde o princípio, desde o primeiro dia do qual somos capazes de nos recordar,  veremos quantas vezes já amamos para sempre, quantas vezes sofremos até quase morrer, quantas vezes prometemos não esquecer.
E veremos quantas vezes o amor morreu, a dor passou, e nos esquecemos…
Juntos para sempre?
O que define a durabilidade de um amor, a pungência de uma dor, a importância de uma recordação?
Porque, sim, eu conheço amores que não morreram, e dores que jamais precisaram ser sentidas, outras que, existindo, levaram além as histórias e uniram ainda mais seus protagonistas. E eles continuam se lembrando um do outro. Eles continuam na mesma estrada, o mesmo casal; talvez com um outro tipo de amor, mas pela mesma pessoa, pelo mesmo amigo de outrora, pelo mesmo amado de sempre.
Quem de nós não desejou algo que fosse para sempre? E quem de nós sabe viver por algo, para que ele seja para sempre?
Todos sabemos cobrar. Cobrar, não pedir.  Não sabemos pedir. Porque o pedir implica em favor. É como que se, de repente, devêssemos algo ao outro, como se ele estivesse em um patamar superior porque nos fez um favor. Quando cobramos, exigimos algo que é nosso por direito. Não devemos nada.
Cobramos o amor que nos sentimos no direito de receber. Cobramos o carinho, a atenção,  o tempo. Cobramos a presença, os dias, as noites. Cobramos o sorriso e as lágrimas. Cobramos a própria vida. Cobramos descaradamente. Cobramos veladamente.
E o que damos? Muito, alguns diriam. Mas damos o que nos é pedido, ou damos o que queremos dar, o que sabemos dar, o que nos sai instintivamente? Damos o que somos exigidos ou o que temos?
Na larga caminhada dos casais, tantos pedem flores e ganham ventiladores. Com o tempo, não é de se espantar que não haja mais boa vontade, carinho ou amor entre eles.
Exigências, desencontros, egos enormes, atenção mínima. De quem é a culpa quando a estrada simplesmente se divide e a coisa mais agradável a se fazer é seguir cada um para um lado?
A culpa é minha, a culpa é sua. A culpa é nossa porque, juntos, deixamos de ser aquilo que gostaríamos, justamente para a pessoa que mais nos importava.
Todos nós nos imaginamos como pessoas agradáveis, boas, generosas e, sim, com alguns pequenos – mas totalmente suportáveis – defeitos.
Ao nos olharmos de frente, no grande espelho da vida, depois de anos ao lado da mesma pessoa, quem de nós ainda se reconhece como aquele indivíduo contente e iluminado de décadas atrás? E quem se reconhece como o que desejou tornar-se?
“Quando aconteceu? Não sei. Quando foi que eu deixei de te amar? Quando a luz do poste não acendeu, quando a sorte não mais pode ganhar. Não, foi ontem que eu disse não… Mas quem vai dizer tchau? Onde aconteceu? Não sei. Onde foi que eu deixei de te amar? Dentro do quarto só estava eu, dormindo antes de você chegar… Mas, não… Não foi ontem que eu disse não… E quem vai dizer tchau? A gente não percebe o amor que se perde aos poucos sem virar carinho. Guardar lá dentro amor não impede, que ele empedre mesmo crendo-se infinito. Tornar o amor real é expulsá-lo de você, pra que ele possa ser de alguém! Somos se pudermos ser ainda, fomos donos do que hoje não há mais. Houve o que houve é o que escondem em vão, os pensamentos que preferem calar. Se não, irá nos ferir um não, mas quem não quer dizer tchau?”

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