Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…



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sábado, 21 de fevereiro de 2009



Final de ano. Início de ano. O lugar comum que, neste ano, transtornou-se, doido, esquecendo de ser comum e virando minha vida inteira, como naqueles buracos redemoinhos que estão sempre em meus pesadelos.Não suporto fazer listas de realizações porque sempre fico mal nelas. É um tal de riscar aqueles planos-bebês abortados (arghhhhh), de me sentir culpada por 5 minutos, de prometer tudo de novo à minha consciência, pedindo que ela me deixe em paz para beber e comer as festas em paz e pronto.Prefiro fazer a lista das bobagens que sempre cometo. São as mesmas todos os anos. Ninguém consegue explicar o crescimento que não houve. Muito menos eu.Mas, vamos à lista das bobagens, decrescente por ordem de importância.
Apaixonar-me de 15 em 15 dias por pessoas diferentes.
Esconder essa paixão de todos, às vezes, de mim mesma.
Acreditar em tudo que me dizem, desde que sejam doces as palavras.
Magoar as pessoas.
Não visitar ninguém.
Acreditar que meus amigos me rejeitam.
Ficar arrasada com a rejeição, mesmo imaginária.
Não dizer não.
Ler muito rapidamente.
Comprar todos os sapatos lindos que vejo.
Amar é trivial?


Falar de amor é trivial?Foi o que me disseram. Pode ser. Porém, amar é difícil.Amar não é trivial.Amar é, antes, saltar em abismos ou provar vinhos desconhecidos.Não, amar não é fácil.É, antes, curvar-se à inevitável tempestade, é tornar-se náufrago e querer imergir, entregue, finalmente vencidos todos os limites, abandonadas todas as resistências.Amar é ansiar pela desordem na alma, no corpo, nos olhos que só querem olhar a miragem do amor.É atropelar todos os sentidos, confundindo-os em quase delírio.Amar é delírio.Amar inebria, entontece, como diz a música.
Por isso, quando amo, as cores do mundo são outras.
Os espaços são imensos se meu amor não está e, mesmo assim, não me cabem, cinzentos.
Mas, se ele chega, todas as luzes se acendem e festas se iniciam.
A consciência do meu amor torna tudo agudo, pungente como bebida amarga e ainda assim, desejada, longamente esperada.