Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…



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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009


Recado para a Coisa Abstrata

Você chega de leve como uma brisa,
ronda, assopra, instala-se e fica.
Rodopia em silêncio até se fazer notar.
Sutilmente esbarra em meus pensamentos,
envolve-me em dúvidas, também em certezas,
cobra atitudes, provoca tristezas...

Como a conheço, fiel companheira.
Quanto já quis de mim te afastar.
Se escolho segui-la, encontro a verdade.
Porém se fico, a traz para mim
Sempre fui, não gostei do que vi.
Hoje, querida, decido ficar.

Que venha a verdade e em seguida, a mentira,
Hoje escolho em quem acreditar.
Reparou que há algo de novo?
Percebeu diferença no ar?
Volte sozinha fiel companheira
ou fique, se assim desejar.

Há algo mais forte pulsando aqui dentro.
Não sei se é amor ou se é indiferença
Mas é algo que insiste em lhe ignorar.
Se ficar, faça silêncio,
quero mais é descansar.
Dormirei o sono dos anjos
porque resolvi me amar.

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