Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…



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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Criada debaixo da saia da mãe; fui. Educada para ser grata, para pedir licença, para dizer obrigada (...) Nasci para caminhar de mãos dadas, antes de qualquer aproximação maior da carne. Feita para esperar o amor bater a porta com frio, molhado da chuva, pedindo um canto do meu coração pra se aquecer. Feita para ser convidada para jantar, para ser levada em casa. Para ser guardada, para obedecer ordens da igreja, dos meus pais, do meu coração. Tão antiquada que me sinto em pleno século XX ao perceber que todas ao meu redor, procuram valores diferentes (...) Que a minha vida se encaixa perfeitamente no enredo da rádio-novela que acabou de começar, que me apaixono pela voz do locutor e durmo ouvindo a voz dele. Que respeito os meus limites, e não sou dona do nariz, olhos e boca e vida. Sou dona de alguma coisa? Sou dona dos meus cd's, do meu carro, do meu notebook, das minhas cachorrinhas e dos meus ouvidos, eu sou. Que acordo ouvindo Silhoutte do Kenny G e não ligo, de pensarem que sou a pessoa mais brega do mundo. Que espero casamento acompanhado dessa musica, mas antes, espero namoro de sofá, em casa (...) Que vejo mulheres se ridicularizando para chamarem atenção de homens, que na ultima das hipóteses vão desejar chamá-las de: "Minha!" (...) O que eu estou fazendo no meio de tanta gente procurando por tudo, menos por amor? Menos por fidelidade e sinceridade. Que não me contento em ser qualquer coisa e sou julgada por isso. Que meu fim será em cadeira de balanço -que eu já tenho- envolvida por mil tricô's mal terminados, assim como tudo que me envolve também (...) Os poucos homens que me apaixonei queriam uma única coisa de mim, na certa, a unica que eu não era disponível a ceder. E só fizeram eu reagir a um tipo de sentimento: A esperança e espera do próximo. O que faço aqui, no meio de tanta gente que só gostam do calor e ignoram o frio? Que não comemoram os meses de namoro e não ligam no fim da noite? Eu não sei o que faço aqui, mas há anos procura a saída de emergência.

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